Osso produzido em laboratório?Alternativa para quem precisa de enxerto

Osso produzido em laboratório?Alternativa para quem precisa de enxerto

Notícias - 23/04/2011

 

 

O surgimento de problemas com enxertos como, por exemplo, a rejeição e a transmissão de doenças, inspirou o desenvolvimento da engenharia tecidual e o estudo de biomateriais que substituam ou estimulem o crescimento de células, promovendo o reparo.A fim de averiguar os melhores materiais e métodos para este processo a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP vem conduzindo algumas pesquisas em biocompatibilidade dos materiais. O Laboratório de Cultura de Células da FORP conta com uma equipe de professores responsáveis pela pesquisa nesta área. Entre eles estão Karina Fittipaldi Prado, Adalberto Luiz Rosa, Paulo Tambasco de Oliveira e Márcio Beloti. A professora Karina explica que já são utilizados em consultório alguns materiais biocompatíveis como metais, polímeros e cerâmicas, e o Laboratório procura encontrar novos –em particular os chamados bioativos, que estimulam a proliferação de células que produzem tecido mineralizado, em contraposição aos bioinertes, que somente o substituem. 

O comportamento das células em contato com biomateriais também pode ser analisado em relação à modulação da expressão de genes, e a docente destaca que estudos realizados no Laboratório observaram uma diferença muito grande na indução dos genes associados à osteogênese (formação de tecido ósseo) dependendo do material escolhido: titânio, aço cirúrgico, hidroxiapatita, vidro bioativo (espécie de cerâmica vítrea), e o polímero polimetilmetacrilato. Tais pesquisas foram feitas em conjunto com o Laboratório de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, supervisionado pelo professor Geraldo Passos.