Como se desenvolve a cárie?

Como se desenvolve a cárie?

Artigos - 16/07/2021

Ela é causada por bactérias que produzem ácidos capazes de corroer o dente, formando um pequeno buraco. O desenvolvimento da cárie leva de algumas semanas até vários meses, mas a dor só aparece quando a “escavação” se aproxima da polpa do dente, um conjunto sensível de nervos e vasos sanguíneos.
O “prato” preferido das bactérias é o açúcar refinado e, como o produto virou ingrediente básico da alimentação moderna, as cáries nos últimos séculos se tornaram uma verdadeira praga para a humanidade.
“Até alguns anos atrás, as pessoas já usavam dentadura aos 40 anos. Só com os novos tratamentos, passou a ser possível manter os dentes por toda a vida",
diz o odontologista Pedro Duarte, da Universidade Paulista (Unip) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para evitar o problema, a dica mais importante é escovar os dentes no mínimo duas vezes por dia, sendo o ideal mesmo fazer essa limpeza após comer qualquer alimento.

É fundamental caprichar principalmente na escovação noturna, pois as bactérias são mais ativas à noite, quando a salivação, que ajuda na limpeza, é menos intensa.
Passar fio dental também é indispensável, já que ajuda a evitar cárie entre os dentes e a prevenir problemas de gengiva. Fora isso, é preciso visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano para fazer a limpeza da boca e a aplicação de flúor. Vale lembrar que a infância é a fase mais delicada para a formação dos dentes. Nesse período, o flúor, que está presente na água encanada, é muito importante.
Por outro lado, é bom evitar adoçar a mamadeira com açúcar ou dar mel para a criança na chupeta, o que pode causar a “cárie de mamadeira”, que é dolorosa e fulminante.
Também na infância, deve-se tomar cuidado com certos antibióticos, como a tetraciclina, que prejudicam a dentição.

1. Quando não é feita uma boa escovação após as refeições, restos de comida se acumulam nos dentes, servindo de alimento para bactérias que vivem na boca, principalmente as do tipo Streptococcus mutans. Comidas com muito açúcar e que grudam no dente, como bolachas ou balas de mastigar, são as preferidas desses seres microscópicos.

2. Quando encontram alimento na boca, as bactérias se duplicam desenfreadamente. A mistura de tais microorganismos com os restos de comida forma a chamada placa bacteriana, uma fina camada que deixa os dentes com um tom amarelado.

3. Depois de algum tempo, a placa bacteriana se torna mais rígida, formando uma camada que gruda no dente e não sai com a escovação. É o famoso tártaro, que geralmente aparece junto à gengiva, região mais difícil de limpar. O tártaro não tem nada a ver com a cárie, mas provoca problemas na gengiva, podendo levar à perda do dente.

4. O que irá produzir a cárie é um outro subproduto da ação bacteriana, um ácido que corrói o esmalte, a camada mais resistente e superficial do dente, abrindo um buraquinho no local. A maior parte das cáries aparece na parte de cima dos dentes, onde os sulcos ajudam a esconder e proteger as bactérias da escovação diária.

5. Para tratar do problema, o dentista usa a temida broca. Ela ajuda a remover a parte do dente afetada pela corrosão. Após limpar o terreno, o dentista preenche o buraco, normalmente com uma resina da cor do dente.

6. Se não houver um tratamento a tempo, a camada de esmalte pode ser totalmente perfurada, levando à cárie na dentina, a segunda camada do dente. Lá, a cárie se espalha rápido, pois ela é toda perfurada por pequenos tubos, que facilitam a ação bacteriana.

7. Após esburacar a dentina, a cárie pode atingir a polpa, um conjunto de nervos e vasos sanguíneos, e gerar uma inflamação, quando a dor se torna mais intensa.
A inflamação pode chegar até a raiz e formar um abscesso. Aí o jeito é fazer um tratamento de canal, que remove todos os nervos da raiz. Se o problema continuar, a saída pode ser a extração do dente .

Fonte: Super Interessante.

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