ESPECIAL MÃES: Sangramento gengival na gestação

ESPECIAL MÃES: Sangramento gengival na gestação

Artigos - 07/05/2014

As gestantes podem e devem cuidar dos seus dentes durante a gestação. A sensibilidade e o sangramento na gengiva são queixas comuns na gravidez. É importante procurar o dentista logo no começo da gravidez, para decidir o momento e o procedimento mais oportuno. Normalmente, esse momento é no segundo trimestre da gestação, período de maior estabilidade da mamãe e do bebê. O ideal seria a mulher procurar fazer tratamento odontológico antes de ficar grávida.

Durante o período de gestação pode ocorrer uma série de alterações no organismo da gestante, que facilitam o surgimento de problemas bucais, entre eles:    

- Aumento da acidez bucal.

- Alterações hormonais e aumento da vascularização da gengiva.

- Náuseas, vômitos, aumento na produção de saliva.

- Mudança nos hábitos alimentares.

- Diminuição dos cuidados com a higiene bucal.

 

Normal a gengiva sangrar durante a gestação?

Não. O sangramento é sinal de que a gengiva está inflamada (gengivite) devido à placa bacteriana, que não foi removida completamente. Contudo, a gengivite pode piorar na gravidez devido aos hormônios dessa fase, que aumentam a vascularização e a chance de uma inflamação da gengiva. Entretanto, devemos sempre lembrar que a gravidez não é responsável isoladamente pela gengivite.

Além disso, outro fator que deve ser considerado são os problemas que esse sangramento e inflamação da gengiva podem ocasionar na gestação. Recentes pesquisas indicam que o sangramento gengival durante a gravidez pode ser um indicador de risco a problemas de parto prematuro e bebês abaixo do peso normal.

Segundo a Sociedade Brasileira de Periodontologia (SOBRAPE), a gengivite da gravidez ocorre em cerca de 30% a 75% das mulheres grávidas

 

 

1 – Evitar tratamento odontológico invasivo no primeiro trimestre e na metade do último trimestre. (No primeiro trimestre, para evitar interferências provenientes do meio bucal na formação do feto e, na metade do último trimestre, para prevenir o perigo de parto prematuro);

2 – Evitar tratamentos que demandem tempo prolongado na cadeira odontológica, evitando desconforto à paciente;

3 – Evitar possível crise hipotensiva, devido à posição assumida na cadeira odontológica;

4 – Eleger tratamentos preventivos e a aplicação tópica de flúor como intervenções mais frequentes; tratamentos emergenciais, apenas em casos estritamente necessários;

5 – As radiografias dentárias deverão ser evitadas mas, se necessárias, deverão ser realizadas após o primeiro trimestre, com toda proteção possível da gestante e do feto;

6 – Evitar medicamentos que poderão influir no feto, principalmente por difusão por meio da placenta. Evitar antibióticos derivados da tetraciclina e certas drogas do tipo narcóticos. Caso seja necessária a administração dessas substâncias, o obstetra deverá ser consultado;

7 – Utilizar anestésicos sem vasoconstritores, principalmente os feitos à base de octapressim*

Assim, uma mensagem muita clara deve sempre ser lembrada: os cuidados com a saúde bucal devem ser constantes, inclusive na gravidez, uma vez que não só a saúde da mamãe, mas também do bebê, pode estar em jogo!